quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Só resta a aurora

Garota descobre que namorado a traiu, então o deixa.

Leite e sangue, a aurora da vida...

Rapaz tem vontade apenas de sair com o carro, estressado, cansado. Já não tinha dormido há dois dias. Tinha perdido a namorada.

Leite e sangue, a aurora da vida...

Mãe ia comprar o leite, mas tinha que fazer comida.

Leite e sangue, a aurora da vida...

O garoto pediu para mãe dinheiro, foi comprar o leite.

Leite e sangue, a aurora da vida...

Olho para a rua e prestigio o carro em sua parada final.

O sol completa o teatro, e se esconde atrás de uma nuvem, e não acorda as pessoas cansadas.

Do garoto com o leite, e o sangue, só resta à aurora.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Fazedor de Sonhos

A ilusão é tão boa, que por mim, viveria nas minhas ilusões para o resto da vida.

As pessoas me mandam viver no mundo real, começar a enxergar, mas o mundo é tão triste, tanta coisa ruim, pessoas más, tristeza bate na porta.

Só abro os olhos para enxergar realidades que eu sei que não vou me ferir, nem chorar... Os sonhos são meu refugio.

Sim sou fraco, covarde, imaturo, sou tudo isso, mas também sou forte a ponto de querer ser feliz, mesmo que isso seja em meus devaneios.

Minha religião são os sonhos, meu templo, minha mente.

Eu sou rei, sou mal, sou monstro, sou ser, mas nunca sou triste. O mundo já me maltratou tanto, a vida me tornara um gato, tinha, mas de sete vidas, a cada vez que eu morria, rezava para não reviver de novo. Desistente sempre fui à primeira caída, só tendia a decair mais e mais...

A verdade dói, prefiro a mentira, pois ela é como um pai, tenta me deixar em lugar melhor, me faz melhor.

Perguntaram-me o que queria ser quando cresce, e se tivesse um trabalho onde se tivesse que sonhar, lá estaria.

Fazedor de Sonhos, assim me chamariam.

A realidade não é aquela que nos vemos, mas aqui sentimos que estamos bem.

Nos meus sonhos sempre tenho uma segunda chance, vejo amigos e somos para sempre crianças, meus amores, transformo as más águas, em boas águas.

Sem doença, igrejas, morte, fome, melhorar o mundo é um trabalho difícil para o Fazedor de Sonhos.

O dia vem das montanhas nasce um sol, acho que as águas nascem das janelas da manha, e então a luz entra, dando vida a casa de madeira, abro os olhos, paro de enxergar, e digo.

_ meu trabalho foi feito.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Assistindo um filme pensei

Outro dia assisti a um filme, onde o personagem nascia idoso, e com a passar dos anos, ia se rejuvenescendo. Então depois, eu fiquei pensando, se isso seria bom mesmo.

Para os pais, acho que seria bom o inicio da vida de seu filho, a criança nasceria idosa, e acredito que ela não seria tão agitada, como as crianças costumam ser...
Quando fosse adolescente, não seria revoltada, pois estaria como um adulto, e poderia fazer o que quisesse...
Adulto estando com a cabeça feita, e mais consciente, aproveitaria a adolescência ao maximo possível...
Não passaria pela crise de "meia idade", quando se desse conta que o tempo passa para todos, perceberia que para ela só tenderia a melhorar...
Quando velho, ter toda a força para sair correndo, mas não ousar por não ter mais vontade...
E morrer...
Morrer seria triste, ninguém quer ver uma criança morrendo, então se pudesse escolher como fosse morrer, escolheria morrer com o corpo de um adolescente...
Com a ultima ejaculação eu morreria, no auge da minha vida...

O querer do Eu e Talque

Eu queria que o Talque, quisesse a mesma coisa que ele. Mas Talque, tinha a mania, de querer que os amigos de Eu, quisessem a mesma coisa que ele. Eu esperto, conseguiu convencer que Talque, quisesse mesma coisa que ele. Eu feliz estava, foi fácil convencer Talque querer a mesma coisa que ele. Eu tinha realizado o que queria.

Mas então Eu andando pela rua ouvi uma conversa de Talque.

_ Eu consegui, que Eu quisesse o que eu queria! - Disse Talque feliz.

Eu não entendia como Talque tinha conseguido o que queria. Foi Eu irritado, tirar satisfação com Talque.

_ Como você conseguiu o que queria Talque? - Perguntou Eu irritado e confuso.

_ Você não entende? Eu queria a mesma coisa q você. - Disse Talque esperando ter resolvido.

E então Eu vai embora, confuso sem saber de que “eu” Talque estava falando.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O homen esquecido

Acredito que as lembranças são a prova de meu existir, então eu temo de um dia eu começar a me esquecer das coisas que vivi, dos meus sonhos, alegrias, e principalmente da tristeza, pois sem ela não reconheceria a alegria. Ultimamente começo a me esquecer, a prova disso é meu piano, ele meu eterno dizer de como estou, não me lembro de como liberta-lo de seu silencio e musicalmente conversar com ele.Um dia conversando com um amigo disse de meu problema, ele me disse que melhor esquecer de pagar a conta da cerveja, do que derrubá-la na mesa.De nada vale viver, se não lembrar que viveu. O sonhos me confundem, tento sonhar o menos possível, no estado que estou é fácil mesclar a realidade com pensamento não vivido. Ignorantes até me acusaram, que o esquecimento eu uso de desculpa para mentir, mas se tal acredita no que fala mentira não é, e eu acreditava nas mentiras que falava. Temo tanto esquecer a coisa que mas amo na vida, temo um dia uma pessoa me perguntar se já amei alguem em minha vida, e eu não saber, e dizer que não, ou mentir e falar que já amei, mas não conseguir mentir para mim mesmo.Atualmente vivo nos devaneios da minha mente, e com isso percebo que quanto mais velho fico, mas nostálgico aparento ser, as fitas de vídeo cassete empoeiradas começam a ganhar vida, eles começam a se debater e a me gritar dentro de suas caixas de papelão.Estive esses dias tentando concertar o meu aparelho de vídeo cassete, para tentar ver minhas fitas, mas então tudo se apagou, e eu não o achava mais, e isso me entristece, tenho contínuos apagões mentais.Passo esse dias fazendo duas coisas, tendo nostalgias, e procurando coisas. Na verdade acho que procuro objetos mas do que os perco.A mente, um quebra cabeças que falta muitas peças, eu as procuro mas não acho, uma criança me dá peças erradas, me confunde.Então esqueço, relembro, relento, as palavras já não tem mais significado, palavras são só palavras, de nada serve para um homem sem lembranças.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dia a dia de uma mente sem lembranças. part. 2

Uma musica toca.
_ Eu não consigo dormir com musica.
Locutor:
_ Bem eu só queria ajudar.
Eu digo:
_ Acho que você já me ajudou muito por hoje.
Locutor:
_ Como foi seu dia?
_ Normal. – Disse cansado.
Locutor:
_ Você pensou nela?
_ Sim.
_ Bom sinal que você ainda ta vivo. – Disse o locutor com tom de ironia.
_ Eu não quero, mas falar disso. – Disse.
O locutor em uma suplica final disse:
_ Não durma, não sei vou poder falar com você outra vez!
O relógio marca que são 2 horas da manhã.
Lamentando digo:
_ Nunca devia ter comprado esse radio.
_ Me conta sobre ela. – diz o radio curioso.
Eu tentei realmente falar, mas não sabia como começar.Fiquei calado, procurando palavras no vazio.
O locutor tenta ajudar.
_ Me diga como ela é.
_ Ela é linda, bailarina, engraçada, inteligente. – Disse eu sem muitas palavras

Dia a dia de uma mente sem lembranças. part. 1

Acordo.
O sol me cega.
Então eu digo:
_ Já estou acordado!
O sol então brinca de se esconder atrás de uma montanha.
Olho para cima.
Penso que talvez de algum modo ela possa estar do meu lado.
Olho para o lado.
Ela não esta.
Mais um dia começa.
Ligo o radio, e o locutor pronuncia:
_ Mas um dia! Agradeçam por ter aberto os olhos, e poder viver pelo menos mais um dia de suas vidas!
Viver? Eu queria saber como é.
Tomo banho.
O locutor mais uma vez proclama:
_ Rapaz viver é isso! Viver é dor, é alegria, é morte, juventude.
Minha loucura chegou ao topo.
_ Você é só uma voz! Nada mais.
O locutor retruca.
_ Bem você não é melhor do que eu.
Irritado falo:
_ Eu tenho o poder de desligar esse radio agora!
Discutindo com um locutor de radio.
_ Bem meu jovem, antes de você me desligar, se cubra em uma toalha.
Eu fui trabalhar. Discutir com um radio não me levaria a lugar nenhum.
Trabalho.
Almoço.
Trabalho.
Chegando ao lar.
Eu estava feliz, tinha saído do trabalho um pouco mais cedo.
Às 7 horas da noite, me preparo para dormir.
Fechando os olhos.
O radio liga.
_ Esta indo dormir cedo por quê?
_ Droga você de novo.
O radio fala.
_ Você viveu hoje?
Respondo:
_ Vou viver agora.
_ Agora? Meu deus. tenho pena de você. Viver nos sonhos, na mentira.
_ Nos sonhos eu posso encontrá-la.
O radio triste, me fala com voz gentil.
_ Boa noite.
Se eu for embora, espere, pois eu volto.
Se eu chorar, por favor, não chore.
Quando eu cair, me dê a mão.
Mate-me, se eu morrer.
Não me ame, se eu não te amar.
Não me olhe, se não quiser.
Não se esqueça que eu te amo.
Eu te amo, quando te odeio.
Eu te olho sem você estar.
Eu te amo sem você me amar.
Se você for embora, eu não te esperarei.
Irei com você.

sábado, 18 de julho de 2009

Mas nada a dizer.


Não tenho mas nada a dizer, não por já ter dito tudo, até porque eu não disse nada.

Não tenho nada a dizer, por ter dito as coisas certas não foi, pois pelo que me lembro eu só disse coisas erradas.

Eu tinha uma coisa a dizer, mas acho que você não queria ouvir.

Era cativa de seu amor, a arma do cativo é o silencio.

Mas preferia o veneno da palavra.

Ao tumulo rezo e choro, fecho os olhos e adoeço.

Mas meu consolo é saber que do silencio o cativo morre...

Espero que não demore muito.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Respiro


O obstáculo vem, mas mesmo assim eu respiro.
A tristeza aparece, mas eu continuo respirando.
A vida passa e eu vou respirando mesmo assim.
Eu sinto as vezes que não existo, eu respiro.
No frio um banco de mármore, repouso a mão sobre tal.
Eu emito calor. Eu respiro.
Não sei por que respiro. Tal vez por causa dela, mas a única coisa que ela fez foi tirar todo meu ar.
Mas respiro para provar que posso.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

mas mesmo assim eu fico


Acho que eu ainda me esforço em ficar, mesmo sem precisar, podendo ir para casa.
Mas mesmo assim eu fico, pois acho que no fundo ainda tenho esperança de que eu entrarei no carro e irei.
Eu irei parar na frente do apogeu da alegria e da tristeza, o encontro das cores, pensamento aonde guarda os horrores.
O lugar onde as dançarinas nascem; minha alegria e minha depressão não nasceram lá dentro do lugar, mas nasceram na porta.
Lá vi o auge da dança. O nome dela era dança.
Eu a amo, mas tal constatação tive quando a perdi.
Hoje em dia não a vejo mais: mais ainda me esforço em ficar, mesmo sem precisar, podendo ir para a casa.
Mas mesmo assim eu fico, pois acho que no fundo ainda tenho esperança de que eu entrarei no carro e irei.