terça-feira, 11 de agosto de 2009

O homen esquecido

Acredito que as lembranças são a prova de meu existir, então eu temo de um dia eu começar a me esquecer das coisas que vivi, dos meus sonhos, alegrias, e principalmente da tristeza, pois sem ela não reconheceria a alegria. Ultimamente começo a me esquecer, a prova disso é meu piano, ele meu eterno dizer de como estou, não me lembro de como liberta-lo de seu silencio e musicalmente conversar com ele.Um dia conversando com um amigo disse de meu problema, ele me disse que melhor esquecer de pagar a conta da cerveja, do que derrubá-la na mesa.De nada vale viver, se não lembrar que viveu. O sonhos me confundem, tento sonhar o menos possível, no estado que estou é fácil mesclar a realidade com pensamento não vivido. Ignorantes até me acusaram, que o esquecimento eu uso de desculpa para mentir, mas se tal acredita no que fala mentira não é, e eu acreditava nas mentiras que falava. Temo tanto esquecer a coisa que mas amo na vida, temo um dia uma pessoa me perguntar se já amei alguem em minha vida, e eu não saber, e dizer que não, ou mentir e falar que já amei, mas não conseguir mentir para mim mesmo.Atualmente vivo nos devaneios da minha mente, e com isso percebo que quanto mais velho fico, mas nostálgico aparento ser, as fitas de vídeo cassete empoeiradas começam a ganhar vida, eles começam a se debater e a me gritar dentro de suas caixas de papelão.Estive esses dias tentando concertar o meu aparelho de vídeo cassete, para tentar ver minhas fitas, mas então tudo se apagou, e eu não o achava mais, e isso me entristece, tenho contínuos apagões mentais.Passo esse dias fazendo duas coisas, tendo nostalgias, e procurando coisas. Na verdade acho que procuro objetos mas do que os perco.A mente, um quebra cabeças que falta muitas peças, eu as procuro mas não acho, uma criança me dá peças erradas, me confunde.Então esqueço, relembro, relento, as palavras já não tem mais significado, palavras são só palavras, de nada serve para um homem sem lembranças.

Um comentário:

  1. Ese post me lembrou do filme "Aminésia", se você não assistiu, fica registrada a dica.
    Tenho cada vez mais me convencido assim como você (em seu perfil) que sou mais uma na multidão, tenho me apoiado na ideia do eu dividido do Pernando Pessoa.
    No Momento estou estudando um poema do Bandeira, chamado "Profundamente", o qual trata deste tema da memória, é interesante comoas vezes preeencemos nossas lembranças com sentimentos, os quais nos impedem de vermos os fatos tais como aconteceram.
    Enconttrei o seu endereço no blog feredish, escrevo no blog www.neuroticoautonomo.zip.net

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